Soltem as vozes, poetisas! Soltem as canetas! Empoderem outras mulheres com suas palavras!
Nós da Soul tivemos o maior orgulho de mostrar e divulgar o trabalho dessas caruaruenses, que trazem em sua arte empoderamento, poder e autoamor. Pois lugar de poesia é no mundo, nos corações de todos, mudando a vida de cada um que as
ouve!
Confira abaixo todas essas mulheres empoderadissimas que participaram do “Sou Poetisa 1.0”.
Nossa ciranda
Quanto mais ele a diminuía
MAIS ela crescia
Se uniu em rodas, cirandas e danças
Com outras tantas.
E nas andanças se descobriu livre mulher
Até que houve o último tapa,
o ultimo grito, o ultimo não me toque JAMAIS!
Denunciou, se empoderou, sentiu-se em paz
Se uniu em rodas, cirandas e danças
Com outras tantas
Hoje, seu desejo é outras libertar.
E nas andanças se descobriu mulher que comanda
Que comanda o seu próprio caminhar!
Joana Figueirêdo
Sou a mulher da minha vida
Eu sou a terra fértil do mundo
Sou o caminho que a eternidade segue
Sou mais que deusa, sou titã
Sou guerreira destemida
Sou mais que louca
Sou sã.
Eu sou a mulher da minha vida
5 SENTIDOS
Morei dentre em uma casa
Onde não percebia que estava sozinha.
O tempo passava e não percebia que durante este tempo também estava ficando muda.
Mesmo quando gritava.
E estes gritos eram tão ensurdecedores –
que aprendi a ignorá-los com o tempo.
Domestiquei tanto meu olhar
Ao ponto de ficar cega
E Agora, cega e muda.
E a única coisa que ainda podia fazer era gritar, pra eu ter a certeza de que ainda estava ali
Resolvi então escutar os gritos como um pedido de socorro, não como loucura que me acostumei a ignorar e conviver
E quanto a solidão da casa?
Ela morreu de fome por falta de comida.Por Janaina Carlasan.
FÊMEAS, MULHERES E DEUSAS
Fui parida por uma mulher,
E como mulher, cheguei a este rasgo de vida nua e liberta,
Protestando aos berros, como se desde o primeiro instante fora do
útero que me aninhava
Delatasse o peso, dos olhares algozes que me apontariam em asco espesso.
E desde esse dia,
Partejam meu corpo
Como se não fosse eu,
Quem enluarasse e movimentasse as marés.
Que quando me querem Endeusam-me como se esta também já não-
fosse minha condição/
Minha natureza etérea e feroz
De ser fêmea, mulher,
E para tu
Deusa!
MANGA
Não me aperte não que sangro feito manga rosa
E se insistir, te presenteio com uma bela noda!
Se se agitar, e resolver me chacoalhar
Caio pesada nas folhas secas e faço som oco!
Se não respeitar meu tempo, sabe que aceita
Uma mordida arrependida, e uma careta azêda
Mesmo se cortar e buscar no interior
Vai bater firme, num caroço sem cor
Vai se arrepender sem meu esforço
Dias e dias puxando fiapo
Da minha razão
Por que se fingiu de môco
Ah mas se esperar….se nutrir…se conversar!
Eu vou florescer e encorpar
Vai ser de espantar
Beleza pra dar, receber
Até com sal, eu sou um prazer!
Suco, delícia, salada,
Os frutos serão nada
Comparados com meu bem-querer
Mulher / Galope a beira mar
Mulher possui grande força e beleza.
E percepção que vem do infinito.
Forças se emanam, saem do instinto.
São feito aves em toda pureza.
Também evidente o dom de leveza.
O Brilho que vem d’um longínquo luar.
Toda Mulher pode bem prosperar.
Guerreiras despontam de planos astrais.
Fazendo alegria, do que outrora foi ais
Cantando galope na beira do mar.
Admiro com charme e puro deleite.
Principalmente graça e maturidade.
As que lutam por a igualdade.
Inspiram sem incerto enfeite.
Essas não há! Quem n’um! respeite.
E faz uma n’outra se alucinar.
E Até em flamas desvairar.
De modo quente a embebecer.
com colossal demonstra prazer
Cantando galope na beira do mar.
Meu Florir
Vivo o amor que aflora
e de florir nos olhos
do alguém que amo
Amo ser a Flor da história
de um amor fecundo
florido por anjos
Floreio meus passos nos campos
nos solos do encanto
onde o sonho aflora
Encanto-me como Pirilampo
no jardim do mundo
que há em mim agora
Sou flor a semear o amor
se não brotar, replanto.
se brotar, eu canto
o meu florir agora